A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) subiu de 0,31% na primeira quadrissemana de janeiro para 0,47% na segunda leitura do mês, informou nesta terça-feira, 16, a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Das oito classes de despesas analisadas, seis apresentaram acréscimo nas taxas: Alimentação (0,60% para 0,93%), Educação, Leitura e Recreação (0,47% para 1,04%), Habitação (-0,23% para -0,17%), Transportes (0,71% para 0,84%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,43% para 0,45%) e Comunicação (0,12% para 0,22%).
Em contrapartida, dois grupos registraram desaceleração no período: Vestuário (-0,10% para -0,27%) e Despesas Diversas (0,28% para 0,15%).
A elevação do grupo Alimentação foi a principal responsável pela aceleração do IPC-S. O grupo subiu de 0,60% para 0,93% no período, influenciado pelo item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 3,25% para 10,18%.
Dentre os outros grupos que apresentaram acréscimo nas taxas no período, os cursos formais (1,19% para 2,60%), pressionados pelos aumentos típicos de mensalidades no mês, foram a principal contribuição para o avanço de Educação, Leitura e Recreação, conforme a FGV. Já a deflação mais amena de tarifa de eletricidade residencial (-2,38% para -1,93%) foi o principal componente para a taxa maior em Habitação.
Além disso, tarifa de ônibus urbano (-0,52% para 0,33%) foi o destaque de alta de Transportes, enquanto protetores para a pele (-1,72% para -0,68%) elevaram o grupo Saúde e Cuidados Pessoais e tarifa de telefone residencial (-0,30% para 0,07%) influenciou o aumento de Comunicação.
Por outro lado, roupas (-0,14% para -0,63%) provocaram queda mais intensa em Vestuário e alimentos para animais domésticos (2,67% para 2,01%) aliviaram o segmento de Despesas Diversas.
Influências individuais
Individualmente, os itens que mais contribuíram para a elevação do IPC-S da primeira leitura de janeiro para a segunda medição do mês foram gasolina (1,72% para 2,10%), tomate (10,19% para 28,69%), plano e seguro de saúde (que manteve a taxa de 0,95%), curso de ensino fundamental (1,37% para 3,40%) e etanol (apesar da desaceleração de 2,67% para 2,55%).
Já os itens que mais influenciaram a baixa do indicador neste período foram tarifa de eletricidade residencial (mesmo com a deflação menor, de -2,38% para -1,93%), show musical (-0,82% para -3,21%), condomínio residencial (a despeito da taxa maior, de -0,64% para -0,59%), seguro obrigatório para veículo (0,00% para -25,07%) e carne moída (-2,67% para -3,16%).