A definição sobre mudanças no secretariado do governo do prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), sairá até o começo de fevereiro, envolvendo nomes que vão entrar na disputa eleitoral – por obrigação de lei, a desincompatibilização de cargos públicos tem que ocorrer até abril –, bem como quadros que não tenham agradado a cúpula do Paço já no primeiro exercício do mandato. O prazo foi estipulado pelo próprio tucano, que trata com certo resguardo a situação. O volume de trocas, nos bastidores, deve impactar de cinco a sete Pastas.
“Vamos intensificar (essa conversa sobre alterações) a partir da semana que vem, quando toda a equipe estiver presente (na Prefeitura, após licença ou férias). Até o fim de janeiro esperamos que tudo já esteja delineado e, a partir disso, definir essa situação, com muita transparência, sempre pensando na questão principal, que é o planejamento da gestão, e não haja qualquer prejuízo aos projetos”, disse Paulo Serra, ao citar que a efetivação da saída de alguns aliados, no entanto, deve acontecer em abril, período limite estabelecido pela legislação eleitoral.
Três titulares, ao menos, se colocam dentro dessas condições, assumindo intenção de deixar o cargo para concorrer na empreitada de outubro. Na lista estão Edson Sardano (PTB, Segurança), Ailton Lima (sem partido, Desenvolvimento Econômico) e Marcelo Chehade (PSDB, Esportes). Para o lugar do petebista, que retornará à Câmara visando ser candidato a federal, o adjunto José de Oliveira Pinto é o mais cotado. Há informações que Ailton, também possível pleiteante a vaga no Congresso, articule para indicar sucessor na Pasta, mantendo acordo político com o prefeito. Laís Helena, número dois de Chehade – nome a estadual, e mesmo licenciado do Legislativo, não deve solicitar a cadeira –, pode substituir o tucano.
Paulo Serra sustentou que o Paço tem que se adequar sem, contudo, “misturar a questão eleitoral”. “A palavra mais importante é planejamento. Só na Saúde pretendemos lançar 12 novos equipamentos dentro do programa QualiSaúde, e cerca de 40 inaugurações, no total (englobando outras áreas)”, alegou o prefeito, referindo-se ao plano do governo aos próximos 12 meses. “Neste ano iremos colher muito mais frutos após ter colocado a casa em ordem. E não deixaremos que esse cronograma seja atrapalhado por eleição ou mesmo a Copa do Mundo.”
Outra modificação prevista é a volta de Cleide Bochixio, hoje adjunta da Educação no Estado. Com a desincompatibilização do governador Geraldo Alckmin (PSDB) para ser candidato à Presidência, ela tende a retomar para o setor em Santo André, podendo, inclusive, assumir o comando da Pasta, atualmente gerida por Dinah Zekcer (PTB), que seria deslocada para cargo mais político. Esse cenário pode ocorrer ainda com Donizeti Pereira (PV). O verde é cogitado para sair de Meio Ambiente e ocupar setor estratégico, a exemplo de Mobilidade Urbana, chefiada por Edilson Factori. Inclusão Social, com Marcelo Delsir, também entra no rol de possíveis mudanças.