Após três anos de queda, comércio espera alta de 30% no Carnaval

Após três anos seguidos de queda na expectativa de vendas de fantasias para o Carnaval, os lojistas da região voltaram a projetar cenário positivo para a data, com crescimento de até 30% nas vendas deste ano. A recuperação da economia e o fato de o feriado, celebrado neste ano em 13 de fevereiro, não ter caído muito perto do período de pagamento das contas de início de ano, contribuem à boa perspectiva. No entanto, a aposta do comércio para elevar o faturamento é em acessórios.

Conforme a gerente da loja Micoloko Festas e Fantasias, localizada em São Caetano, Cirlene Gonçalves, a movimentação para a data já está maior do que em 2017. “Estamos otimistas e esperando aumento de 30% nas vendas em relação ao ano passado. A procura está mais intensa por acessórios, como o arquinho de unicórnio, que, junto da sala de tule, já vira fantasia.”

Encontrado em diversas lojas do Grande ABC, o acessório para a cabeça com formato de chifre de unicórnio já está entre os mais procurados para este Carnaval. O Diário pesquisou os preços dos itens em cinco lojas localizadas em Santo André, São Bernardo e São Caetano. A variação de preços de kit composto por oito itens, incluindo spray de pintar cabelo, espuma, confete e serpentina, entre outros, chega a 49,94%, sendo o menor valor de R$ 44,30.

Se a opção for apenas pela saia de tule e o arquinho de unicórnio, para meninas, dá para comprar a partir de R$ 22,90. Para os meninos, quem não quiser apostar em fantasias completas, como a de presidiário (encontrada na faixa de R$ 70), também pode utilizar acessórios, como o colar de havaiano (cerca de R$ 2,50) e máscaras a partir de R$ 1.

A proprietária da loja Leila Enfeites, em São Bernardo, Leila Aparecida Conde, aposta no público infantil. “Mesmo que ainda não tenham sido iniciadas as aulas, acredito que vamos vender mais fantasias para as festas de escolas, o que é o nosso forte, mesmo depois que a data passar. Pela movimentação do Natal, que também foi boa, esperamos vender 10% a mais do que no ano passado”, afirma ela, que ressaltou que se a data caísse em março, a perspectiva seria melhor.

Proprietária da tradicional Rainha da Pelúcia, em Santo André, Deolisse Fortes Mori espera vender 15% mais do que em 2017. Os acessórios também estão entre as apostas. “Temos desde opções de fantasias completas até acessórios para quem não pode gastar muito. A movimentação ainda está mais por telefone, para fazer pesquisa de preço, mas acredito que será um ano melhor do que o passado, quando foi muito devagar, por conta da situação econômica”, conta.

A recepcionista Giovana Suzarte, 19 anos, moradora de São Bernardo, comprou fantasia elaborada de R$ 150 para um baile, mas ainda não terminou as compras para o feriado. “Para os blocos de rua (na Capital), vou montar fantasias com acessórios. Estou mais animada do que no ano passado, quando só comprei uma.”

Na região, neste ano haverá desfile confirmado somente em São Bernardo, nos dias 11 e 12 de fevereiro, em área atrás do Ginásio Poliesportivo Municipal. Não haverá subsídio para as escolas de samba, que arrecadaram recursos próprios. A festa foi descartada oficialmente pelas prefeituras das demais cidades, mas as agremiações ainda tentam viabilizar os desfiles.