O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, voltou a cobrar um posicionamento do Poder Judiciário sobre o processo de escolha de ministros pelo presidente da República. Em meio ao imbróglio sobre a indicação de Cristiane Brasil para o Ministério do Trabalho, Padilha não quis entrar na polêmica sobre o vídeo da deputada em uma lancha com amigos sem camisa e preferiu o discurso legal.
“A questão é mais profunda. Podemos até abstrair o caso de Cristiane Brasil e vermos que o que estamos pretendendo é que o Poder Judiciário defina o que é passível de intervenção ou não”, disse. “O ato político da escolha (dos ministros) é definido na Constituição como de absoluta responsabilidade do presidente da República”, completou, ao comentar que o Judiciário trata de temas legais e o governo, de assuntos políticos.
Eliseu Padilha defendeu que o governo quer “esgotar” essa questão porque, no entendimento do Palácio do Planalto, o tema “não se caracteriza mais no plano do direito, mas no campo político”. “Até porque o presidente vai ter que tomar mais 13 decisões”, afirmou, ao citar a troca de cadeiras que acontecerá quando saírem os ministros que concorrerão nas eleições em 2018.