Borja completa um ano no Palmeiras e vai lançar projeto social na Colômbia

Miguel Borja vive um momento especial nesta semana. O atacante colombiano completa um ano da chegada ao Palmeiras em grande momento, com gol em clássico, elogios do técnico Roger Machado, vaga de titular assegurada e ambições pessoais em alta. O jogador divulgou nos últimos dias o plano de organizar em sua cidade natal um projeto social para crianças até 12 anos.

Nascido em Tierralta, no norte da Colômbia, Borja quer usar o prestígio como jogador da seleção do país para ajudar a população local. O atacante promete inaugurar em breve uma fundação, que levará o seu nome e será comandada por amigos e familiares. O foco do projeto será a prática do futebol.

De origem simples e de comportamento tímido, Borja é um ídolo local. Em 2016, logo depois de ganhar a Copa Libertadores pelo Atlético Nacional, o jogador foi recebido com festa no retorno à cidade e desfilou em carreata. O atacante é o mais novo de 11 irmãos e nas férias fez questão de viajar para Tierralta, onde visitou os familiares.

Nesta semana, o colombiano completa um ano da chegada ao Palmeiras. O jogador foi contratado por cerca de R$ 33 milhões e chegou cercado de expectativa. A cobrança pelo gols e boas atuações contribuíram para a adaptação ao futebol brasileiro ser mais difícil. Em 2017, o atacante passou parte do ano no banco de reservas e só agora parece se firmar como titular.

“Quando chego em casa e não consigo jogar bem fico chateado, porque eu não gosto quando não jogo bem. Agora que estou conseguindo ter continuidade tenho mais confiança”, disse Borja, ao SporTV. O atacante marcou no clássico com o Santos, no domingo, o 12º gol em 43 partidas pelo Palmeiras.

Chamado de Miguel por Roger Machado, o atacante aos poucos vence a timidez. O jogador tinha como melhor amigo no Palmeiras o zagueiro colombiano Mina, negociado recentemente com o Barcelona. Curiosamente, o defensor também tem um projeto social em sua cidade natal, Guachené, que serviu de inspiração para Borja elaborar a proposta em Tierralta.

Borja considera ter evoluído no Brasil ao entender mais o estilo de futebol local. Vídeos, orientações em pranchetas e conversas com o treinador lhe fizeram mudar o posicionamento e passar a participar mais das jogadas do time. “Foi difícil quando cheguei ao Brasil, agora sei que preciso atrapalhar a jogada dos volantes. É o que tratei de mudar, ser mais simples com a bola, dar um ou dois toques”, disse o jogador ao SporTV.