Andrés Sanchez assumiu um Corinthians bem diferente daquele que ele deixou em 2012, não só sob o ponto de vista financeiro e da organização. Uma mudança no estatuto do clube fez com que ele assumisse um clube em que a oposição é a maioria no Conselho Deliberativo, algo que o obrigará a tentar novas alianças ou a saber lidar com maior pressão nos bastidores. Das oito “chapinhas”, três são favoráveis ao atual presidente.
A novidade desta eleição foi a criação de “chapinhas” formadas por 25 conselheiros, que foram eleitos no último sábado. Anteriormente, existia uma chapa única que era a mesma do presidente eleito. A alteração visa democratizar a administração do clube, mas a diretoria entende que pode ter um efeito contrário.
Tanto que a atual diretoria vai tentar colocar em votação no conselho uma alteração na forma de escolha dos conselheiros. A ideia é fazer uma alteração tendo a chapa do presidente vencedor a maioria das 200 cadeiras.
Das oito chapinhas eleitas, apenas três apoiaram Andrés. Casos da Preto no Branco, Tradição Corinthians e Renovação e Transparência. São 75 dos 200 conselheiros, ou 35% dos membros do órgão. Existe ainda uma chama pró-Paulo Garcia, a Fiéis Escudeiros, que deve se aproximar de Andrés em breve. Das outras quatro chapinhas, uma é aliada de Antônio Roque Citadini (São Jorge), uma de Felipe Ezabella (Corinthians Supremo) e mais duas independentes (Inteligência Corinthians e Mosqueteiros).