Febre amarela faz 2ª vítima fatal na região

Foi confirmada na tarde de ontem a segunda morte de morador do Grande ABC em razão da febre amarela. Trata-se de munícipe de Ribeirão Pires, 35 anos, que estava internado em hospital da rede privada na Capital desde a primeira quinzena de janeiro. Ele contraiu a doença em viagem a Mairiporã no início do ano.

O primeiro óbito da doença na região foi oficializado na semana passada por Santo André. Neste caso, o morador da cidade, 44, contraiu o vírus em Atibaia, no Interior do Estado, e veio a óbito em janeiro.

Por meio da Vigilância à Saúde, a Prefeitura de Ribeirão destacou ter realizado bloqueio no entorno da residência do morador, com orientação casa a casa e busca por potenciais criadouros do mosquito transmissor da doença. O processo de nebulização – aplicação de dedetizantes –, que é normalmente realizado nesses casos, não é recomendado para áreas de manancial, como é o caso de Ribeirão Pires.

A região tem ainda outros três registros de febre amarela, sendo um autóctone, de São Bernardo, cujo paciente diagnosticado, 35, recebeu alta no dia 1º, além de outros dois importados (contraídos em Mairiporã por munícipe de São Bernardo e em Atibaia, por morador de Santo André). Nestes casos, os pacientes passam bem.

Do ano passado até o momento houve 186 casos autóctones de febre amarela silvestre confirmados no Estado e 65 deles evoluíram para óbito.

CAMPANHA

O encerramento do período de vacinação em todo o Estado está previsto para sábado, com ‘dia D’, quando as 130 unidades de Saúde da região funcionarão em esquema especial. A meta é vacinar 2,3 milhões de moradores da região. Até o momento, apenas 31,5% do público-alvo foi atingido, tendo em vista a proteção de cerca de 726,2 mil pessoas entre as sete cidades.

Por enquanto, apenas Ribeirão Pires informou que a campanha de vacinação será estendida em uma semana, até o dia 24.

A campanha é realizada com dose fracionada da vacina. O frasco convencionalmente utilizado na rede pública poderá ser subdividido em até cinco partes, sendo aplicado assim 0,1 ml da vacina. Estudos evidenciam que a vacina fracionada tem eficácia comprovada de pelo menos oito anos. As carteiras de vacinação terão um selo especial para informar que a dose aplicada foi a fracionada.

A campanha também prevê a oferta de doses convencionais, disponibilizadas para crianças com idade entre 9 meses e 2 anos incompletos, pessoas que viajarão para países com exigência da vacina, grávidas residentes em áreas de risco, transplantados, e portadores de doenças crônicas – como diabéticos, cardiopatas e renais crônicos, por exemplo. (colaborou Bianca Barbosa)