A região do ABC tem 27,2 km de ciclovias

A maior parte delas fica em Santo André, que tem 22 quilômetros do total de vias para bicicletas na região. Municípios como Diadema, Ribeirão Pires e São Bernardo do Campo não têm nenhum quilômetro de ciclovia, segundo as informações oficiais das prefeituras municipais.

O Globo Cidade fez um levantamento exclusivo que aponta que a maior parte das ciclovias está com problemas sérios de manutenção. As falhas incluem desgaste na pintura, piso quebrado e obstáculos no caminho. Além disso, as vias não estão interligadas – ou seja, não permitem que o ciclista possa circular pela cidade em uma via exclusiva para bicicleta.

Arte mostra total extensão de ciclovias do ABC Paulista (Foto: Reprodução/TV Globo)

No total são 13 ciclovias: nove em Santo André, duas em Mauá, uma em São Caetano do Sul e uma em Rio Grande da Serra. São Bernardo do Campo diz que oficialmente não tem nenhuma ciclovia, apenas ciclofaixas em construção. Em Ribeirão Pires, há apenas uma ciclofaixa de lazer no fim de semana. E, em Diadema, não há nem ciclofaixa nem ciclovia.

São Caetano do Sul

Em São Caetano do Sul só existe uma ciclovia, mas em um ponto central da cidade, que é usada por ciclistas e pedestres que querem correr ou caminhar – o que chega a provocar acidentes. A via começa como um acesso de pavimentos intertravados de concreto por pedestres e, depois da Praça dos Imigrantes, continua como ciclovia.

Rio Grande da Serra

Rio Grande da Serra tem apenas uma ciclovia de 500 metros inaugurada em 2016 como parte do Parque Linear José Bello. Ela custou R$ 285,5 milhões de reais do PAC Mobilidade “incluindo preparo da base, pavimento, sinalização, guias de jardim e canteiros”, segundo a prefeitura do município.

Como o trecho é muito curto, é mais utilizada por pedestres que vão caminhar no espaço. A Prefeitura diz que existe uma ciclofaixa de 2,1 quilômetro na Estrada Guilherme Pinto Monteiro e que está prevista a construção de mais 2,3 quilômetro km de ciclovia ao longo da Avenida José Bello, na continuidade do parque linear.

Rio Grande da Serra tem apenas um ciclovia de 500 metros (Foto: Gustavo Galpão)

Mauá

Mauá tem duas ciclovias em um total de 3,5 quilômetros. Uma delas fica na Avenida Papa João XXIII, e outra, no bairro Parque São Vicente, em ponto não identificado pela Prefeitura. Como não existe também uma ligação entre as ciclovias e ciclofaixas, quem anda de bike não pode contar com essas estruturas. Além disso, falta manutenção.

São Bernardo, Ribeirão Pires e Diadema

Entre os municípios do Grande ABC que não tem nenhum quilômetro estão São Bernardo do Campo, Ribeirão Pires e Diadema. Em São Bernardo, a Prefeitura afirma que “está em curso um grande projeto de mobilidade para implantação e 6,4 km de ciclofaixas” e atualmente só existem alguns trechos de ciclofaixa e nenhum de ciclovia.

Ribeirão Pires conta apenas com uma ciclofaixa de lazer de 3 quilômetros de extensão nos domingos e feriados na Avenida Prefeito Valdírio Prisco, no centro.

A Prefeitura de Diadema diz oficialmente que as duas ciclofaixas de lazer estão desativadas e atualmente não há nenhuma via exclusiva para bikes. Por isso eles planejam um estudo para a retomada do projeto de mobilidade no município.

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