Vereador: Vale quanto pesa?

Consulta popular avalia o trabalho dos vereadores da cidade em 2018 Saiba quem foram os melhores e os piores vereadores do primeiro semestre de 2018

A política sempre foi teatro. É preciso se lembrar disso: não há exercício do poder que não seja teatralizado, que não tenha aquela misancene do domínio do público. A diferença é a

qualidade do domínio dessa teatralidade nos dias de hoje. Ela tende a se tornar um espetáculo para um público de massa, uma multidão. Em São Caetano do Sul, que possui quase 160 mil habitantes, cada um dos 19 vereadores deveria cuidar de cerca de 8.400 munícipes. Temos 15 bairros na cidade. Portanto, mais que um vereador por bairro. Muitos representantes.

Ainda temos muitas reclamações de que quem deveria legislar não legisla. A função do vereador é fiscalizar o Poder Público e sugerir leis ao Executivo para melhoria da qualidade de vida de seus munícipes. Então, como já vimos no passado, muitos conflitos aconteceram porque os representantes do Legislativo não fizeram a lição de casa. Vereadores têm que fiscalizar, têm que cobrar do Poder Executivo. Eles foram eleitos para defender os nossos interesses, o interesse do povo. Mas é isso o que acontece? Na verdade, o Legislativo anda em consonância com o Executivo. Ambos convergem para o mesmo lado. Executivo não administra sem Legislativo, e se este estiver na oposição, “diz-se”, não “consegue nada”. Estamos vivendo momentos de “limpeza”, de separar o joio do trigo. O povo acordou e não admite mais falcatruas. Entretanto, clama-se por transparência, e os gabinetes continuam lotados de pedidos de exclusão de multas, de vagas em escola, de adiantamentos de cirurgias e por ai vai. Sem contar que Auricchio perdeu dois vereadores que eram de sua base: Ubiratan da ONG e Cesar Oliva, que se juntam a Chico Bento e Jander Lira (esses últimos dois fazendo oposição de mentira, pois continuam sendo beneficiados em alguns setores da administração, inclusive com cargos na Presidência, conforme o próprio presidente – mas ambos os parlamentares desmentem). Se pretendemos ter um Brasil no futuro limpo, íntegro e igual para todos, devemos começar conosco e dentro da nossa própria casa. Não
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