Consórcio ABC inicia debate sobre orçamento e mudanças

Com o fim do mandato do prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), à frente do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, os chefes de Executivo das cidades consorciadas iniciaram o debate orçamentário na reunião desta terça-feira (6), que têm algumas ressalvas. Segundo o vice-presidente da entidade e prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), a vontade de todos é aproveitar o momento para discutir mudanças no formato da entidade.

O valor orçado para o próximo ano é de R$ 16,3 milhões, mas pode ter mudanças, pois algumas arestas precisam ser resolvidas como o caso de São Caetano do Sul que aprovou o fim dos repasses para a entidade apesar de oficialmente ainda fazer parte da mesma. Além disso, os prefeitos querem aproveitar o momento para debater o que é possível fazer para acertar os pontos de divergência entre as cidades consorciadas.

“Nós precisamos ter muita maturidade entre os prefeitos para tomar uma decisão sobre o futuro do Consórcio. O Orçamento é importante, claro, mas não é só isso, não é uma peça de ficção. A equipe fez todo o trabalho, o trabalho foi muito bem feito, tem a sua produtividade, têm questões importantes a serem discutidas e agora é levar isso para os demais prefeitos para que até o final do ano tenha alguma decisão sobre esse sentido”, explicou Serra.

“Eu não sou muito adepto da futurologia, mas o diálogo sempre é fácil desde que tenha boa vontade das partes envolvidas. Nesse caso eu acredito que discutindo um novo modelo os municípios externaram uma preocupação e uma vontade de recompor. Aproveitando essa discussão orçamentária temos que colocar outras questões para seguir adiante”, completou o andreense.

Nos últimos meses a entidade passou por uma série de mudanças como a redução dos valores repassados pelos municípios que caiu de 0,5% do orçamento de cada cidade para 0,17%, além do investimento feito para que a sede recebesse o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) regional e o escritório avançado em Brasília.

Porém alguns pontos ainda suscitam debates entre as cidades como o formato da entidade, principalmente em relação as conquistas de investimentos para cada município, fato que é considerado, nos bastidores, como uma pauta que pode fazer com que o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), retorne ao grupo, além de uma maior participação dos prefeitos Atila Jacomussi (Mauá, PSB), Gabriel Maranhão (Rio Grande da Serra, sem partido) e José Auricchio Júnior (São Caetano, PSDB), todos que há meses não participam da Assembleia Geral.

No próximo ano, a entidade escolherá seu novo presidente, pois Morando não poderá ser reeleito, e em 2020 o único dos prefeitos consorciados que pode assumir o cargo é Gabriel Maranhão, pois todos os demais vão ser candidatos a reeleição. Caso Michels retorne, o verde também pode liderar o grupo.