Denomina-se gengivite um tipo de doença periodontal caracterizada pela inflamação das gengivas. A gengivite geralmente é causada pela higienização inadequada dos dentes (escovação incompleta e a não utilização regular do uso de fio denta), o que facilita a proliferação de bactérias no interior da boca, contribuindo para a formação de placa bacteriana (biofilme) na região da margem gengival. Quando esta placa permanece nos dentes por mais de 72 horas, ela endurece e transforma-se em tártaro ou cálculo dentário, dificultando a sua remoção por uma simples escovação e uso de fio dental necessitando, desta maneira, do auxílio do dentista. Umas das consequências desta proliferação bacteriana são gengivas extremamente inflamadas, sensíveis, avermelhadas, que sangram facilmente, ou seja, neste momento a gengivite já está instalada. Além disto, se não tratada, a gengivite pode evoluir para periodontite, um estágio bem mais grave, que resulta da extensão do processo inflamatório iniciado na gengiva até o tecido ósseo de sustentação ou periodonto de sustentação, levando a perda dos elementos dentais. A gengivite evolui da seguinte maneira: Gengivite: Este é o primeiro estágio da inflamação gengival causada pela placa bacteriana que se forma na margem da gengiva. Se a escovação e o uso do fio dental diariamente, não forem suficientes para remover esta placa, ela produzirá toxinas que podem irritar o tecido gengival, causando a gengivite. Você pode notar algum sangramento durante a escovação e o uso do fio dental. Neste primeiro estágio da doença, o dano pode ser revertido, desde que o osso e o tecido conjuntivo que seguram os dentes no lugar não tenham sido atingidos. Este estágio é facilmente revertido no consultório e com uma melhor higienização do paciente. Periodontite: Neste estágio, o osso e as fibras de sustentação que mantêm os dentes em posição são irreversivelmente danificados. Ao redor da sua gengiva pode começar a se formar uma bolsa, esta causada pela perda do osso que circunda a região. O tratamento depende de uma intervenção mais específica do profissional além da melhora da higienização do paciente. Periodontite avançada: Neste estágio final da doença, as fibras e os ossos de sustentação dos dentes estão destruídos, o que faz com que os dentes migrem ou mudem de lugar ou se tornem abalados ou móveis. Neste estágio o tratamento requer um tempo maior, onde o profissional utiliza de procedimentos cirúrgicos, medicamentosos, e mesmo assim corre- se o risco da perda de elementos dentais. A gengivite não está associada somente a má higienização, mas pode estar associada a alterações hormonais. É comum observar a inflamação em adolescentes, que atravessam um período de intensa produção hormonal na puberdade, e em mulheres no período menstrual, que geralmente apresentam hiperplasia gengival (aumento e inchaço da gengiva). As grávidas são classificadas como um grupo de risco, nelas a inflamação é denominado gengivite gravídica. Há maior incidência de gengivite também naquelas pessoas que, por alguma incapacidade motora, pela má posição dentária ou mesmo pelo uso de aparelhos ortodôntico, têm dificuldades na higienização. Outro tipo de gengivite está relacionado às doenças sistêmicas como diabetes e leucemia. Em virtude da dificuldade de cicatrização e à baixa imunidade, a gengivite é mais agressiva nos portadores dessas doenças. Fumantes também são mais propensos a ter gengivite severa, pois por estarem sempre com a boca ressecada, eles produzem menos saliva e por consequência produzem menos anticorpos. Para prevenir e combater a gengivite em seu estágio inicial; uma boa higienização bucal e visitas regulares ao Dentista são de extrema importância.