Esperar o tempo certo? Ou esperar a vida passar?

Às vezes, por causa de ilusões tolas, uma pessoa pode trocar o verdadeiro pelo falso, o definitivo pelo passageiro, a felicidade real pelo prazer fugaz e gerador de remorso. Deus, em sua sabedoria infinita, compreende o homem e sua debilidade moral, apoiando-o para que ele recomece sempre e não erre mais. Contudo, é difícil quando esperamos que os outros compreendam o homem e sua debilidade moral, apoiando -o para que ele recomece sempre e não erre mais. Contudo, é difícil quando esperamos que os outros compreendam rapidamente porque falhamos, porque fomos fracos, porque erramos. Por isso essa compreensão tão profunda é um privilegio divino ou dos que estão muito próximos de Deus, como os sábios e os santos. O homem comum sente-se magoado e traído, o que é muito normal. O primeiro passo, quando erramos, é reconhecermos a falha e assumirmos as suas conseqüências. É preciso que admitamos o direito dos outros de ficarem tristes e decepcionados com as nossas ações infelizes. Isso porque nem todos os danos que causamos a pessoas que amamos podem ser reparados instantaneamente. Às vezes, só após muito tempo o ressentimento e a mágoa podem desaparecer dos corações que ferimos. Daí porque se diz, em todos os manuais éticos do mundo, que evitar erros é mais fácil do que corrigi-los. É mais prudente buscarmos o controle sobre as nossas ações do que sobre os sentimentos dos outros, enquanto outros estarão apenas pensando: – “Onde foi que erramos?” É no asfalto que eu me jogo todos os dias… (Carlinhos Lira, nos arrredores do Bairro Nova Gerty)
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