N o xadrez político, as movimentações no tabuleiro estão a todo vapor e candidaturas seguem em articulações para o pleito municipal, em outubro de 2020. A disputa promete ser quente e acirrada na busca por uma cadeira na Câmara Municipal, isso porque, não serão mais permitidas coligações proporcionais. Com a mudança, candidatos sem muita expressão ou de partidos pequenos dificilmente serão eleitos, afinal, não terão a ajuda da somatória dos votos de outras siglas para atingirem o quociente eleitoral, de certa forma, uma boa vantagem ao eleitor, ou seja, os mais votados sairão vencedores. Para a Prefeitura, poucos nomes com força surgem e despontam na corrida pelo Palácio da Cerâmica, sede do Governo de São Caetano do Sul. Ainda diante das definições partidárias, Paulo Bottura, advogado, ex-vereador e homem forte do ex-tri-prefeito Luiz Olinto Tortorello, em entrevista à Folha de São Caetano cravou: “serei candidato nas próximas eleições”. A afirmação agita ainda mais os bastidores políticos da cidade, afinal, Bottura tem o nome cotado para disputar a chefia do Executivo. Indagado sobre para qual cargo estaria disposto a encarar as urnas foi taxativo: “ainda não tenho uma definição, eu acompanho muito o grupo político. Para onde eles quiserem ir, eu vou”. Apesar das pretensões eleitorais, Paulo Bottura precisa definir o partido. Segundo ele, hoje, o PTB, sigla em que está filiado, “tem um problema de ordem jurídica e caso isso não se resolva irei para outro partido. Tenho alguns convites”, esclareceu. Atualmente, o PTB, que outrora, foi o maior e mais tradicional partido da cidade em número de filiados, de votos e eleitos, atualmente, não tem nenhum representante na Câmara Municipal. O partido chegou a ter, em uma mesma Legislatura, cinco vereadores, a maior bancada do Legislativo local, além de ter tido em seus quadros os preitos Oswaldo Samuel Massei (1957 a 1961), Hermógenes Walter Braido (1983 a 1988), Luiz Olinto Tortorello em três ocasiões (1989 a 1992, 1997 a 2000 e 2001 a 2004), Antônio José Dall’Anese (1993 a 1996), José Auricchio Júnior em dois mandatos (2005 a 2008 e 2009 a 20012), além disso, Silvio Torres, vice-prefeito, assumiu a chefia do Executivo depois do falecimento de Tortorello, ficou no cargo de 17 de dezembro de 2004 até o dia 31 daquele mesmo mês. ChATEADO Vitorioso nas urnas, em 2016, Paulo Boturra demonstrou à Folha o descontentamento por não ter assumido a cadeira. “O Solidariedade (partido à época do pleito coligado com o PTB), não recorreu da sentença da juíza eleitoral. Foi por maldade, para evidentemente eu estar fora, embora tenha sido eleito com votos expressivos, quantidade superior aos do que aí estão”, discorreu ao explicar que o SD tinha problemas com a prestação de contas do diretório municipal. Em 2016, Bottura conquistou, com suas propostas e histórico político, 1.494 votos. hISTóRICO Paulo Bottura começou na vida pública no primeiro mandato de Luiz Olinto Tortorello no final da década de 1980. Convidado para fazer parte do grupo político, em 1989, Boturra assumiu a área jurídica da Prefeitura. “Minha função era dar guarida a determinações constitucionais, cuidar dos editais de concursos, licitações, ou seja, de todo o campo jurídico da Prefeitura”, disse. Ao passar do tempo, por quatro vezes, foi eleito vereador, em três legislaturas assumiu a presidência da Câmara Municipal – Bottura, durante a entrevista, fez questão de “agradecer aos pares pela confiança na condução da Casa e dos trabalhos legislativos” -, além de atuar como superintendente do DAE (Departamento de Água e Esgoto – hoje Saesa). Em seu ilibado histórico esteve à frente também do Instituto de Previdência, Diretoria da Administração Tortorello e Comissão de Festejos
