Cicaroni passa por cirurgia depois de liminar concedida pela justiça

No inicio do mês o Dr. Luiz Cicaroni, o Cica, como é tratado pelos amigos, submeteu-se a uma cirurgia cardíaca para implantação de válvula aórtica e depois de apenas cinco dias estava apto a voltar ao trabalho. A façanha se deve ao método utilizado para o tratamento, o implante transcateter de válvula aórtica – TAVI, indicado a pacientes idosos ou com risco cirúrgico elevado, quando a cirurgia convencional é descartada pelo médico, em razão do risco de morte. Embora o procedimento ao qual foi submetido, minimamente invasivo, que permitiu a correção da redução no diâmetro da válvula aórtica com poucos dias de internação e apenas um dia de permanência na UTI, a implantação da válvula só foi possível depois da liminar concedida pela Justiça, pois o Plano de Saúde não autoriza esse procedimento. Segundo o advogado Adauto Reggiani, colaborador da Folha, já existem dezenas de processos na Justiça onde são tratados casos como esse e, em 98% dos casos, a Justiça determina que o Plano custeie a cirurgia ainda que exista no contrato a cláusula que exclui tal cobertura. “O processo de autorização é muito rápido e não costuma demorar mais de três dias para que o juiz dê uma decisão”, afirma o advogado, pois a Justiça reconhece a gravidade do caso e sabe que não há tempo a perder pois o paciente necessita da cirurgia com urgência. Segundo Reggiani, a documentação a ser apresentada também é bem simples, basta o relatório médico onde deve constar a gravidade da doença e os motivos pelos quais o paciente não pode ser submetido a cirurgia convencional (de abrir o peito), cartão do Plano e um comprovante de residência. Ao contrário da cirurgia convencional, onde o paciente pode ficar de três a cinco dias na UTI e mais um prazo no quarto, o prazo total de internação no implante transfemural é de três dias, em média.