A Fundação das Artes de São Caetano foi longe demais desta vez. Mas no sentido positivo. A entidade, responsável por formar pessoas em diversas linguagens artísticas há 51 anos – completará 52 em abril – tem tido algumas conquistas nos últimos tempos. A começar pelos festivais de música na cidade: o de inverno, que estreou em 2019 e foi sucesso e, no último fim de semana, o de verão, que atraiu cerca de 10 mil pessoas. E a partir de março, a Fundação, após sua bodas de ouro, deve crescer, já que ganhará uma segunda unidade, no bairro Santa Paula.
A inauguração está prevista para março e, o início das aulas, para o mês seguinte. A fim de que tudo fique pronto para receber o munícipe, o trabalho não cessa na Rua Martim Francisco, em belo prédio escolhido para abrigar a nova unidade.
O Diário visitou o local, acompanhado por Ana Paula Demambro, diretora da Fundação. O prédio conta com três andares arejados, salas grandes – são 26 no total –, pensadas para serem multifuncionais. Além disso, o espaço conta com piso tátil para deficientes visuais, acessibilidade total, inclusive nos banheiros. Espaço cênico, ateliês, biblioteca, galeria de artes visuais e muitas ideias também fazem parte do novo projeto.
“É um começo para um novo horizonte, algo para longo prazo”, explica Ana Paula. No início, serão 1.900 vagas, que começarão a serem divulgadas em breve pela Fundação.
Entre os cursos que serão oferecidos estão cenografia, dramaturgia, agente cultural, iluminação e maquiagem. “Depois as coisas vão se ampliando. Ninguém imaginava essa segunda unidade. Tem de ter coragem. Quando falei com o prefeito (José Auricchio Júnior, PSDB) sobre essa ideia, ele topou na hora”, lembra.
Ana frisa que os trabalhos na sede da Fundação seguem normalmente. Ela adianta também que a nova unidade deve gerar no início ao menos 20 empregos, contando responsáveis pela portaria, pessoal da limpeza, almoxarifado e administrativo, por exemplo. Isso sem contar o corpo docente, que ainda está sendo fechado. “Gera muita movimentação”, diz.
Ela explica que essa medida, de abrir a segunda unidade, foi pensada para abraçar as necessidades da Fundação. “Tudo é resultado de uma grande união de esforços. Da Fundação, da equipe de professores, pessoas dedicadas que foram escolhidas a dedo. Sei onde a gente quer chegar, com pessoas capacitadas para nos impulsionar”, diz. “É uma conquista de todos os professores e da comunidade, sobretudo.”
Para Ana Paula, que está há 18 anos na Fundação, e há pouco mais de três anos na direção da instituição, ter a segunda unidade é algo muito importante ganhando vida. “Minha primeira ação foi conseguir uma sala para os professores, na sede. Não tinha. E sim, foi uma grande conquista. E agora, quando olho para isso tudo, é um grande sonho se realizando.”