A Polícia Federal na fase final da Operação Prato Feito, indiciou 154 pessoas entre empresários e políticos envolvidos em desviar dinheiro da merenda escolar no Estado de São Paulo, onde se trocava produtos destinados a merenda por pipoca e mais arroz do que o previsto. Matéria publicada pela Folha de São Paulo do último dia 02 de janeiro de 2020, dá conta que empresários e políticos trocavam apoios em épocas eleitorais por contratos da Merenda Escolar em vários municípios, dentre eles o de Mauá – do prefeito Atila Jacomussi, que foi preso pela Polícia Federal em duas oportunidades em 2019. A primeira vez, teve apreendi
do dinheiro dentro de panelas, – e o de São Bernardo do prefeito Orlando Morando, ambos foram indiciados, – bem como outros 11 prefeitos incluindo o de Aguas de Lindóia. Segundo a PF, o esquema descoberto para desviar dinheiro público da merenda escolar deu prejuízo ao Estado de São Paulo em cerca de 1,6 bilhão de reais, e consistia em os empresários darem meios para os candidatos se elegeram, em troca colocavam pessoas em cargos chaves para manipular licitações em várias áreas de atuação da quadrilha. Só em São Bernardo do Campo, de acordo com o relatório da PF, no início do mandato do atual prefeito, o grupo criminoso obteve cinco
contratos e teria o sexto se não fosse descoberto o esquema, que manipulava licitações de material escolar, merenda escolar, uniformes, material de limpeza além de prestar serviços à escolas. O grupo descoberto agia através de fraudes em licitações, pagamentos de propinas, conexões políticas e contratos superfaturados. Em nota o prefeito de São Bernardo Orlando Morando, informou a Folha, que já prestou todos os esclarecimentos as autoridades e que as informações mencionadas no relatório da Polícia Federal são inverídicas, reiterando que não possui vínculo ou conivência com as irregularidades apontadas.