Mais de 132 mil pessoas morreram de Covid-19

Obalanço diário do Ministério da Saúde trouxe um total de 132.000 óbitos por covid-19 desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas, foram 874 novos registros de óbitos em função da doença. Ontem o sistema contabilizava 129.522 falecimentos. Ainda há 2.467 mortes em investigação. O número de pessoas infectadas desde o início da pandemia atingiu 4.282.164. Entre ontem e hoje, as secretarias de saúde de Estados e do Distrito Federal notificaram 43.718 novos diagnósticos positivos de infecção pelo novo coronavírus. Ontem o painel do Ministério da Saúde trazia 4.238.446 casos acumulados. Ainda de acordo com a atualização, 621.113 pessoas estão em acompanhamento e outras 3.530.655 já se recuperaram. São Paulo é o Estado brasileiro com o maior número de mortes (32.338), seguido por Rio de Janeiro (16.883), Ceará (8.666), Pernambuco (7.817) e Pará (6.299). Já Roraima tem o menor número de óbitos em decorrência do novo coronavírus (609). Em seguida estão Acre (636), Amapá (677), Tocantins (784) e Mato Grosso do Sul (1.035).

COVID-19? O QUE SE VÊ ?

Um empresário da cidade enviou um misto de depoimento e desabafo, incluindo sua parte de culpa, à FOLHA. Nele, fala sobre o que viu e vivenciou no último feriadão de 7 de setembro, em tom de forte indignação. O Editor do jornal decidiu publicá-lo na íntegra, mas respeitando o pedido de omissão de seu nome.

“Depois do que vi no feriado de 7 de setembro, nós podemos esperar 15 dias e se não morrer todo mundo, esquecer qualquer protocolo. Porque o que aconteceu foi justamente isso. Todos balneários do Brasil, hotéis, tudo que você busca é só notícia de gente aglomerada. Eu fui para um hotel com minha esposa. Estava lotado. Aí assim: você sai do quarto, você põe a máscara para andar 20 metros, entrar no restaurante, sentar na mesa e tirar a máscara. Mas está todo mundo no restaurante. Aí você sai do restaurante, anda 10 metros e vai para a piscina. E tira a máscara de novo. E quem não está na mesa está lotando a piscina. Então, minha gente, esquece. Esse negócio de estar tomando banho de álcool, usando máscara, medindo temperatura de gente, joga isso fora. Se daqui 15 dias estiver todo mundo vivo no Brasil, e eu me incluo nisso, porque eu não usei máscara no final de semana – de jeito nenhum, minha máscara era para limpar a mão, colocar meu copo em cima, caía no chão, colocava no bolso. Então se a gente estiver todos vivos, então a gente pode voltar à vida normal. Esquece o novo normal, joga fora os protocolos, esquece  tudo. A verdade é essa. O que aconteceu no Brasil na semana passada, se daqui a 15 dias esses números pipocarem, aí a gente volta a trabalhar, porque não existe nenhum motivo técnico, sanitário ou qualquer que seja que diga que quem fez isso depois do que aconteceu no País. No hotel em que eu estava tinha gente de São Paulo, do Rio, da Bahia, de um monte de Estados. Todo mundo lá sem máscara. Era um ou outro. O pessoal do hotel não. Cumprindo todos os protocolos, de parabéns. Mas veja, o pessoal que estava lá, o pessoal que estava na praia, restaurantes lotados. Fui a um com minha esposa. Uma mesa sim, duas, não. De repente começou a chegar gente e o dono amontoou todo mundo. Nos condomínios, vários com festas, lotados, todo mundo sem máscara. Onde está esse protocolo todo que deveria existir? Se em 15 dias muita gente não morrer, eu me incluo, então eu não entendo mais nada”