Boca Maldita

É preciso!
Nuvens nebulosas pairam sobre a Fundação das Artes de São
Caetano Sul. Coisas estranhas acontecem por detrás das coxias e
precisam ganhar um esquete especial, carinhosamente chamado de
“Abra-se a caixa preta”. Talvez, nos bastidores da melhor escola de
artistas, nos seus mais variados gêneros, referência nacional e
internacional, a dramaturgia carrega um enredo assustador, com um
desenrolar maquiavélico.

SUSCAETANO
Que a qualidade dos serviços prestados pelas operadoras e planos de
saúde, sejam dos mais básicos aos mais sofisticados, está digamos
doente, isso não é novidade para ninguém e isso gera um
“problema”, com P maiúsculo para a rede municipal de saúde. Com
boa infraestrutura, atendimento humanizado e prazos curtos para
realização de exames e outros procedimentos médicos, em
comparação com a rede privada e outros municípios, São Caetano
tem atraído para seus hospitais e unidades básicas de saúde grande
número de pacientes, mesmo aqueles atendidos pela saúde
suplementar paga.

Lotados
É óbvio que, para os gestores públicos, ter um serviço de referência é
de se encher os olhos, por outro lado, assusta. Afinal o serviço
aumenta e forma exponencial e estrangula a rede. Segundo Regina
Maura Zetone, secretária municipal de Saúde, “pelo menos 30% dos
usuários do SUS têm convênio, mas estes convênios estão tão ruins
que o paciente prefere vir em nossa rede, e quando aqui estão acham
que estão no convênio, exigem demais, descem a lenha e ocupam
lugar de quem depende única e exclusivamente do SUS”.

Explosão
Para a secretária, se assim continuar essa migração, a rede vai
explodir. “Não vamos dar conta. Está aumentado demais”, diz
Regina, que é médica.

Dupla
De um lado professor, do outro um empresário. É desta forma que se
desenha a dobrada para uma possível disputada de dois nomes

conhecidos na cidade para o pleito que se avizinha para deputado
estadual e federal.

Dobrada
Jander Lira, professor, vereador e ex-secretário de Cultura, se coloca
como pré-candidato a uma das vagas na Alesp (Assembleia
Legislativa de São Paulo), já Alessandro Leone, presidente da ACISCS
(Associação Comercial e Industrial de São Caetano do Sul), que já foi
secretário municipal, sonha em entrar na disputa da Câmara Federal.
A dupla é filiada ao PSD.

Mas…
A empreitada para estadual pode travar, para o lado de Jander, não
partidariamente, mas sim eleitoralmente. O vereador tem um bom
eleitorado e trânsito em todas as camadas da sociedade de São
Caetano, além de carregar no currículo o título de professor de um
dos colégios mais tradicionais da cidade, o Alcina Dantas Feijão.
Eleitoralmente terá, mesmo que de forma indireta, disputar votos
com Thiago Auricchio, jovem advogado, filho do quadriprefeito
Auricchio e com mandado parlamentar atuante.

Contas
Thiago, inclusive, tem realizado com sua equipe plenárias de
prestação de contas. A primeira já foi feita em São Caetano,
inclusive, no reduto do vereador, no bairro São José. A outra é nesta
quinta, na Fundação. O deputado é responsável por trazer recursos
para o Atende Fácil da Saúde, a DDM (delegacia de Defesa da
Mulher), e para entre outros equipamentos.

Ritmo
Por se tratar de ano eleitoral, é evidente, que além de apresentar um
balanço do mandato, é preciso “dar às caras”. Thiago, acompanhado
do pai, tem percorrido feiras livres para ouvir demandas e também
mostrar resultados. A dupla é sempre bem recebida e elogiada pelo
desenvolto trabalho.

Homem pra carvalho…
De geração para geração. Caio faz jus ao sobrenome Salgado, neto
de Oswaldo e filho de Jorge. O advogado e vereador de primeiro

mandato, após trocar farpas com o também colega de profissão
Américo Scucuglia, outro parlamentar que debuta na Câmara, quase
entrou nas vias de fato, ou trocando em miúdos, desceu a porrada.
Tudo, segundo contam interlocutores políticos, aconteceu em uma
reunião no gabinete do prefeito. A pancadaria não rolou solta, pois a
turma do deixa disso separou.

Arregou
Scucuglia, que até então “pagava de machão”, aos gritos e com
frases imperativas, no entanto, quando viu Caio se exaltar, arregou,
ficou ‘pianinho”. A confusão, segundo contam, começou quando
Américo levou para reunião “brincadeiras”, ditas nos bastidores da
Câmara, como se fossem verdades… A máscara caiu e o tempo
fechou…