Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi eleito ontem o novo governador do Estado de São Paulo. Ele contou com o apoio do prefeito Auricchio e do deputado estadual Thiago Auricchio desde os primeiros dias de campanha do segundo turno, além de expressivas votações em São Caetano tanto na primeira quanto na segunda rodadas. E x-ministro da Infraestrutura, ele venceu o segundo turno contra Fernando Haddad (PT), numa disputa que repetiu a polarização entre o ex -presidente Luiz Inácio Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), apoiador de Tarcísio. Tarcísio teve 55,2% dos votos válidos, contra 44,7% de Haddad. A eleição ao Palácio dos Bandeirantes foi a estreia de Tarcísio nas urnas — ele nunca havia concorrido a um cargo eletivo antes. Também é a primeira vez que o Republicanos, partido fundado por bispos da Igreja Universal do Reino de Deus, chega ao comando do Estado mais rico do país, que está sob o domínio do PSDB há 28 anos. Seu vice será o ex-prefeito de São José dos Campos Felício Ramuth (PSD), 53. Além da sigla de Ramuth, a coligação reuniu PL, PTB, PSC e PMN. Nascido no Rio de Janeiro — fato amplamente explorado por Haddad ao longo do segundo turno — Tarcísio é servidor público federal e serviu o Exército por 17 anos. É bacharel em ciências militares pela Aman (Academia Militar das Agulhas Negras) e mestre em engenharia de transportes pelo IME (Instituto Militar de Engenharia). Entre 2005 e 2006, esteve na Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti como chefe da seção técnica da Companhia de Engenharia. Antes de chegar ao posto de ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro, em 2019, Tarcísio esteve à frente do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) no governo de Dilma Rousseff (PT) e foi secretário do PPI (Programa de Parcerias e Investimentos) no governo Michel Temer (MDB). O governador eleito é casado com Cristiane Freitas e tem dois filhos. Ao registrar sua candidatura, em agosto, ele declarou patrimônio de R$ 2,3 milhões. Afilhado político de Bolsonaro, Tarcísio deixou o ministério em março para concorrer ao governo paulista, a pedido do presidente. Haddad liderou as pesquisas de intenção de voto desde o início da corrida, um feito considerado único pelo PT até então, mas a vantagem em relação aos principais adversários diminuiu na reta final do primeiro turno. A primeira etapa do pleito terminou com Tarcísio na frente, com 42,32%, e Haddad em segundo, com 35,7%, contrariando os levantamentos eleitorais. Logo após o fim da apuração, no dia 2 de outubro, Tarcísio disse que o resultado mostrava “a força do bolsonarismo”. “A gente percebe uma característica liberal, conservadora no Estado, como a eleição do Marcos Pontes (PL) no Senado”, analisou na ocasião. A campanha aumentou o número de agendas conjuntas com o presidente na reta final. A lógica por trás desta decisão foi a de que a eleição em São Paulo se tornou polarizada por causa da influência da corrida presidencial. A avaliação da equipe de Tarcísio era de que a associação entre os doisos dois candidatos trazia benefícios mútuos porque um ganhava com a presença do outro. Tarcísio já falou sobre possíveis nomes para integrar seu governo, como o médico Eleuses Paiva, coordenador de seu programa de saúde, para a respectiva pasta, e Guilherme Afif Domingos (PSD), coordenador de seu plano de governo. Tarcísio pautou sua campanha na defesa de que o Estado precisava de renovação, já que o PSDB governa desde 1995, e no antipetismo, forte sobretudo no interior paulista. Ao longo da campanha, apesar de ressaltar sempre que os apoios que recebeu não tiveram pedidos de cargos em contrapartida, ele não descartou que os tucanos possam fazer parte de seu governo. E citou em agenda em São Bernardo que pode levar um nome do Grande ABC para sua equipe. “Tenho dito que a minha gestão vai ser técnica, os espaços vão ser preenchidos por técnicos. O PSDB depois de 28 anos de governo, você tem em várias posições gente técnica, de carreira, que faz um bom serviço, que conhece a história de cada órgão (...) Pessoas técnicas, pessoas de carreira serão aproveitadas” Nascido no Rio de Janeiro — fato amplamente explorado por Haddad ao longo do segundo turno — Tarcísio é servidor público federal e serviu o Exército por 17 anos. É bacharel em ciências militares pela Aman (Academia Militar das Agulhas Negras) e mestre em engenharia de transportes pelo IME (Instituto Militar de Engenharia). Entre 2005 e 2006, esteve na Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti como chefe da seção técnica da Companhia de Engenharia. Antes de chegar ao posto de ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro, em 2019, Tarcísio esteve à frente do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) no governo de Dilma Rousseff (PT) e foi secretário do PPI (Programa de Parcerias e Investimentos) no governo Michel Temer (MDB). O governador eleito é casado com Cristiane Freitas e tem dois filhos. Ao registrar sua candidatura, em agosto, ele declarou patrimônio de R$ 2,3 milhões. Afilhado político de Bolsonaro, Tarcísio deixou o ministério em março para concorrer ao governo paulista, a pedido do presidente. Haddad liderou as pesquisas de intenção de voto desde o início da corrida, um feito considerado único pelo PT até então, mas a vantagem em relação aos principais adversários diminuiu na reta final do primeiro turno. A primeira etapa do pleito terminou com Tarcísio na frente, com 42,32%, e Haddad em segundo, com 35,7%, contrariando os levantamentos eleitorais. Logo após o fim da apuração, no dia 2 de outubro, Tarcísio disse que o resultado mostrava “a força do bolsonarismo”. “A gente percebe uma característica liberal, conservadora no Estado, como a eleição do Marcos Pontes (PL) no Senado”, analisou na ocasião. A campanha aumentou o número de agendas conjuntas com o presidente na reta final. A lógica por trás desta decisão foi a de que a eleição em São Paulo se tornou polarizada por causa da influência da corrida presidencial. A avaliação da equipe de Tarcísio era de que a associação entre os dois candidatos trazia benefícios mútuos porque um ganhava com a presença do outro. Tarcísio já falou sobre possíveis nomes para integrar seu governo, como o médico Eleuses Paiva, coordenador de seu programa de saúde, para a respectiva pasta, e Guilherme Afif Domingos (PSD), coordenador de seu plano de governo. Tarcísio pautou sua campanha na defesa de que o Estado precisava de renovação, já que o PSDB governa desde 1995, e no antipetismo, forte sobretudo no interior paulista. Ao longo da campanha, apesar de ressaltar sempre que os apoios que recebeu não tiveram pedidos de cargos em contrapartida, ele não descartou que os tucanos possam fazer parte de seu governo. E citou em agenda em São Bernardo que pode levar um nome do Grande ABC para sua equipe. “Tenho dito que a minha gestão vai ser técnica, os espaços vão ser preenchidos por técnicos. O PSDB depois de 28 anos de governo, você tem em várias posições gente técnica, de carreira, que faz um bom serviço, que conhece a história de cada órgão (...) Pessoas técnicas, pessoas de carreira serão aproveitadas”