Janeiro é o mês de alerta às
ações de enfrentamento à hanseníase. A Secretaria de Saúde de São Caetano do Sul realizou nesta segunda-feira (30/1) capacitação sobre hanseníase para 170 enfermeiros e agentes comunitários de Saúde.
A hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa e de evolução crônica. Atinge a pele, as mucosas e nervos periféricos (braços e pernas). Manchas na pele com alteração ou perda de sensibilidade, ressecamento ou perda de pelos, além de dor, fisgadas e sensação de agulhadas ao longo dos nervos dos
braços e pernas, podem ser sintomas de hanseníase. “É uma doença contagiosa, por meio das vias aéreas superiores (espirro, tosse ou fala). Assim que o tratamento é iniciado, a pessoa deixa de transmitir a doença. O tratamento é feito com comprimidos e dura em média 6 a 18 meses, dependendo da gravidade”, destacou a coordenadora do Cepadi (Centro de Prevenção e Assistência às Doenças Infecciosas), Raquel da Silva Terezam.
Os casos de hanseníase são diagnosticados por meio do exame clínico, biópsia ou baciloscopia pelo dermatologista ou neurologista. “O médico vai identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade ou comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas ou motoras. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar transmissão, complicações e deficiências. Os casos deverão ser encaminhados para unidades de saúde para confirmação diagnóstica e tratamento”, explicou a dermatologista que capacitou a equipe, Fernanda Fagioli Bombonatti.
A equipe que assistiu à palestra
ficou muito satisfeita. “As capacitações nos ajudam a levar informações de qualidade para os munícipes”, afirmou Gabrielle Florido Buscariol. “Esses treinamentos nos ajudam a ter embasamento para auxiliar a população nas visitas diárias”, completou Tharyne Melo dos Santos.
Se a pessoa apresentar qualquer
sintoma descrito, deve procurar a UBS de seu bairro: manchas (brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas); área da pele com alteração da sensibilidade térmica (ao calor e frio); comprometimento do nervo periférico – geralmente espessamento (engrossamento)
–, associado a alterações sensitivas, motoras ou autonômicas; áreas com diminuição dos pelos e do suor; sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente em mãos e pés; diminuição ou ausência da sensibilidade e/ou da força muscular na face, nas mãos ou
nos pés; caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
Gisele Lopes (MTb 29.334)
30/1/2023
Fotos: Samuca Fermino/PMSCS