Previsão do passado
Quando se chega ao hoje, que um dia, lá atrás, era uma esperança remota, o dia seguinte de qualquer data desse passado é uma certeza continuamente voltada para o amanhã. Que sempre seria um novo dia.
E por mais “amanhãs” que que se acumulem, mesmo que a soma deles chegue a 5, 10, 13 anos, ou quase, nunca deixarão de ser “hojes”, carregados de recordações, boas ou ruins; de lembranças que preferimos destruir, transformar em mil pedaços, atirá-los ao vento ou enterrá-los em algum lugar muito longe ou de saudades sadias, mesmo que depois, mas muito depois de 5, 10, 13 anos, ou quase, fiquem revestidas de arrependimentos.
Mas, arrependimento é um sentimento que só chega quando é tarde demais e é impossível apagar da memória, por mais força que se faça, que tenham existido coisas boas, que foram festejadas quando as palavras de carinho vinham sempre no diminutivo e havia sempre no ar a esperança de melhores dias.
Isso, mesmo depois das mágoas, das rugas e das mágoas choradas pelas decepções que podem transbordar o copo com uma última gota.
De sã consciência, é definitivamente impossível dizer que 5, 10, 13 anos, ou quase, foram vividos sem vontade, sem alegria, sem felicidade, sem razão para tantas recordações, por mais que se queira, em um novo futuro, amaldiçoar os capítulos de uma velha história de uma casa velha só porque a casa é nova.
Os capítulos de toda história que só chegou ao fim quando o fim realmente chegou: quando a última página foi lida, uma porta fechada e a chave foi quebrada, bem poderiam ter antecipado o desfecho diante do enredo estava perdendo a graça e as personagens, entediadas ou assumindo o peso de seus próprios desgastes, não podiam mais fazer planos para qualquer futuro ou sonhar com o “foram felizes para sempre…!”. Quando se e fecha um livro assim, melhor nem deixá-lo na prateleira. A vida oferece, em qualquer par te de e um novo presente ou em qualquer momento de um futuro, um novo livro com as mesmas curiosidades que existiram um dia nas primeiras páginas do livro velho, em seus primeiros capítulos escritos entre as paredes de uma casinha velha.
É sempre fácil, quase conveniente, prever que certos livros estavam fadados a final ruim sem como explicar a insistência na leitura dos capítulos seguintes por 5, 10, 13 anos, ou quase? Não importa… O que conta é a festa das novas primeiras páginas de um novo livro de um novo presente com um novo personagem.
Assim como hoje é mais fácil dizer que o livro velho era ruim, é muito melhor acreditar que um novo livro seja repleto de bons capítulos, principalmente porque a princesa sempre foi de coração puro, de alma boa e merece um príncipe assim para se tornar “feliz para sempre”.
Essa crônica foi inspirada na metade de uma fotografia onde se via a metade de um coração feito de rosas e parte de uma frase “eu te amo e um pedaço de papel onde estava escrito: “preciso de um abraço para sobreviver…”
Bicharada
Deveriam entregar as finanças nacionais aos bicheiros. Sem documento, com uma simples pule impressa num papel vagabundo, nunca se ouviu falar de alguma banca ter deixado de pagar o prêmio. Bem diferente das finanças públicas. Nossos governantes deveriam aprender com os bicheiros a lição.
Showzinho macabro
Por isso só me resta hoje dizer que cansei como nunca tinha cansado antes e por isso vou dar um tempo. Preciso procurar novos ângulos, novos cenários e novos personagens – ou recuperar personagens que andam esquecidos e que, por isso mesmo, na surdina, perpetram horrores enquanto o fulano lá insiste em seu showzinho macabro. Não vou desistir. Mas, por ora, cansei.
Alma
Alguns pré-candidatos a vereança, se não tivessem sucesso em sua missão política, ao menos vão sair de alma renovada. Eles são presença assídua nos últimos dias em cultos religiosos, de umbanda a pentecostais. Segura na mão de Deus, à espera de ser chamado pelo futuro prefeito Tite que assume dia 1º do próximo ano, a maioria se apegando a todas as crenças. Alguns tentando encontrar Tite nas ruas para abraçar e dizer parabéns.
Carnificina
A cada duas horas, uma mulher é morta no Brasil. Na maioria dos casos, o assassino é o marido, o ex- companheiro ou namorado e até mesmo rivalidade entre “amigas”. Tudo isso acontece em casa ou na tocaia, tudo motivado pelo ciúme. Esquecem que o amor não é sinônimo de posse. Além disso, quem ama não mata. Morre-se por amor juntos…Mesmo com tantas leis e um trabalho voltado somente para evitar o feminicídio, não tem resolvido e os casos aumentam. Lamentável.
Grana
Não se pode esquecer que as cobras dormem tarde, acordam cedo, são extremamente venenosas e gostam de atacar à noite. Portanto, todo cuidado é pouco, criatura pervertida e sonsa… Têm muitas soltas por aí… Lá pelas bandas do Atende Fácil uma delas é fácil de ser percebida e ataca sem medo. Ainda bem que ela não faz parte da administração. Pois se sente dona da função e cargo que ocupa. Só resta chamar a PF e o MP e até o Gaeco de SP e pegar no flagra.
1 – Leitura – Toda mulher é um livro aberto. Só que escrito em chinês.
2- Homem feliz – É aquele que não tem tempo para pensar nas suas coisas, pensa sempre nas dos outros
3 – Cartões – A vida não dá cartão amarelo, vai logo no vermelho e caixão e vela.