O mês de março marca as campanhas de educação e conscientização sobre duas doenças que afetam um grande número de pessoas ao redor do mundo: o câncer de colo de útero e o câncer colorretal.
Segundo informações do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer com maior incidência entre as mulheres. Para 2025, foram estimados 17.010 casos novos, o que representa a incidência de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres.
Diferente de outros tipos de câncer que acometem as mulheres, o câncer do colo do útero é uma infecção sexualmente transmissível (IST), acometendo mulheres infectadas pelo HPV, que é transmitido por relações sexuais. Para evitar a doença, então, a prevenção é o uso de preservativos nas relações, além da vacina contra a doença. O Diretor Geral dos Cursos de Medicina da USCS, professor Sérgio Makabe, destaca a importância dos exames periódicos: “É de extrema importância a realização de exames como o papanicolau, que pode detectar alterações que podem ser cancerígenas, e ao detectar precocemente, a pessoa pode realizar o tratamento a tempo de ficar bem”, explica.
O docente destaca ainda a importância da vacina contra a doença: “Se pensarmos que esse tipo de câncer acomete quem tem HPV e temos uma vacina altamente efetiva contra ele, inclusive hoje, existe a vacina nonavalente, que pega os nove tipos mais frequentes de HPV, é muito importante que as mulheres se previnam dessa forma, se vacinando. Se as mulheres, principalmente as jovens, se vacinarem hoje, não vai mais ter câncer de colo de útero. Existem trabalhos que mostram que de cada quatro mulheres no estado de São Paulo, três têm ou já tiveram contato com o HPV. É um número muito grande de infecções. mas também não é porque contraiu HPV que a pessoa terá câncer, por isso é importante realizar os exames de forma periódica”, reforça.
Março azul escuro – Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), os casos de câncer de cólon e reto estão na 3ª posição entre os tipos de câncer mais frequentes do país, estimando-se que, em 2025, 45.630 novos casos da doença são esperados no Brasil. O câncer colorretal abrange tumores localizados no intestino grosso (o cólon) e o reto, e se desenvolve, predominantemente, a partir de mutações genéticas em lesões benignas, como pólipos. A doença é tratável e, em grande parte dos casos, curável, ao ser detectada precocemente.
Entre os fatores de risco estão: idade (acima de 50 anos), tabagismo, obesidade, alimentação não equilibrada, sedentarismo e histórico familiar. “O câncer de intestino pode ter um componente genético e hereditário. Isso significa que pode ser causado por mutações genéticas transmitidas entre gerações”, explica o Prof. Mario Perez Gimenez, docente do Curso de Medicina da USCS, titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões; titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva e titular da Sociedade Brasileira de Videocirurgia, Robótica e Digital.
Como prevenção, incluem-se hábitos de vida saudáveis como: dieta equilibrada, atividade física regular, abolir o tabagismo e consultas médicas regulares, para exames e acompanhamento. O docente alerta ainda que uma forma de prevenção secundária se inicia aos 45 anos, com a realização da colonoscopia. Este exame consegue identificar e remover pólipos que se tornarão câncer no futuro.
Em caso de diagnóstico positivo de câncer de cólon e reto, as opções terapêuticas incluem quimioterapia, radioterapia e cirurgia. “Com o diagnóstico precoce e tratamento direcionado é possível atingir a remissão completa da doença”, finaliza o docente.
Ana Paula Lazari (MTb 46.964)
12/3/25
Fotos: Prof. Sérgio Makabe (Arquivo Pessoal).
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