Quando o amor supera a doença do século

O Alzheimer é uma doença neuro-degenerativa que provoca o declínio das funções cognitivas, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social e interferindo no comportamento e na personalidade. De início, o paciente começa a perder sua memória mais recente. Pode até lembrar com precisão acontecimentos de anos atrás, mas esquecer que acabou de realizar uma refeição. Com a evolução do quadro, o Alzheimer causa grande impacto no cotidiano da pessoa e afeta a capacidade de aprendizado, atenção, orientação, compreensão e linguagem. A pessoa fica cada
vez mais dependente da ajuda dos outros, até mesmo para rotinas básicas, como a higiene pessoal e a alimentação.

        O que é Alzheimer?

Sinônimos: mal de alzheimer, doença de alzheimer No Brasil, existem cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade. Seis por cento delas têm a doença de Alzheimer, segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz). Em todo o mundo, 15 milhões de pessoas têm Alzheimer, doença incurável acompanhada de graves transtornos às vítimas. Nos Estados Unidos, é a quarta causa de morte de idosos entre 75 e 80 anos. Perde apenas para infarto, derrame e câncer.

Fase avançada do Alzheimer não tem recuperação

É importante que você saiba que, atualmente, não existe qualquer forma de recuperação quando o paciente está na fase mais avançada do Alzheimer, uma realidade difícil que deve ser enfrentada por você e por outros familiares envolvidos no tratamento. “Os medicamentos utilizados no tratamento não influenciam na evolução da doença, justamente porque ela não irá se estabilizar. São apenas sintomáticos”, finaliza. O objetivo do tratamento, especialmente nessa fase, é dar a melhor
qualidade de vida e tranquilidade possí- vel para o paciente. Para falar sobre a doença que é um caso sério na cidade de São Caetano a Folha entrevistou o filho do seu Waldemar Saes, morador
no bairro São José, metalúrgico aposentado depois de 30 anos na Ford. Veja abaixo trecho do depoimento: O ano de 2014, era o começo de uma história triste a ser contada por um de seus três filhos, o caçula – Zinho Saes. “Em novembro, quando meu pai estava com dificuldade de urinar levei ao Hospital na cidade, e teve que fazer uma cirurgia de emergência, tomou anestesia e depois que terminou o efeito da anestesia, nunca mais foi o mesmo. Começou a ter os sintomas de esquecimento fazendo as necessidades fisiológicas no chão e se limpando com toalhas. Quando comia alguma coisa tipo, as refeições almoço e janta, jogava o resto dentro da máquina de lavar. E assim sucessivamente na higiene pessoal e não reconhecia as pessoas vizinhas. Aos poucos fui percebendo a piora em seu estado mental, levei ao psiquiatra, ao neurologista e também ao Geriatra e foi constatado o mal de Alzheimer. Começou a fase do tratamento a base de medicações, imagina eu tendo que abandonar o emprego e passar dia e noite estudando e entendendo a doença.

Aos poucos, fui me adaptando a essa luta diária e passei a pegar a medicação na UBS do Bairro São José. Além do Alzheimer Há alguns anos um Câncer no fígado foi diagnosticado, ele foi operado e agora voltou de uma forma mais agressiva. Segundo os médicos que tem acompanhado no tratamento é apenas paliativo. Não vamos ter um Natal legal, eu me tornei juntamente com ele meu pai que eu amo muito prisioneiros de nossa casa., afirma Zinho em lágrimas.

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