Auricchio e Denise: cuidando de São Caetano com carinho

Até meados de 2004, Denise Reis Auricchio era uma conceituada dentista, assim como seu pai. Naquela época, José Auricchio Júnior já estava mais
acostumado à máquina publica, ocupando
cargos de destaque na área da Saúde da Prefeitura de São Caetano. Tudo indicava que o
casal nascido, criado e morador da cidade, e
com 2 filhos também sancaetanenses, seguiria sua vida nesse compasso. Mas eis que um
furacão passou pela vida da família Auricchio.
Por indicação do prefeito Luiz Tortorello,
Auricchio foi escolhido para ser o candidato à
sucessão do triprefeito, que já vinha de duas
eleições consecutivas. Para Auricchio significava mais um passo em sua carreira no serviço
público, no qual ingressou cedo, mas sempre
na área da Saúde. Agora o desafio era gigante:
administrar toda a cidade e sucedendo a um
prefeito extremamente querido e popular.
Para Denise o desafio foi maior ainda. Significaria deixar o consultório e participar com
o marido da eleição e, uma vez eleito, assumir
os papéis de primeira-dama e presidente do
Fundo Social de Solidariedade.
Como médico, Auricchio foi sempre um
estudioso. Não demorou muito a dominar assuntos com os quais jamais havia tocado, como engenharia, saneamento, drenagem, orçamento e mais as centenas de tarefas de
prefeito. Além disso, não ficou sentado no gabinete. Acompanhava as obras de infraestrutura de perto, fiscalizando o uso do dinheiro
público. Fato é que jamais, desde a emancipação do município, tantas obras foram feitas
em tão pouco tempo. Afinal, além de aplicado, Auricchio é criativo. Vem dessa época as
reuniões com secretários de áreas extremamente técnicas, nas quais dialogava e pedia
mudanças tranquilamente. Não à toa, foi reeleito em 2008 e retornou em 2016.
“Tanto eu quanto a Denise temos um desejo enorme e muita disposição de ajudar, de
trazer mudança na vida das pessoas. Ao longo
desses anos, acho que fomos bem-sucedidos. E
planejamos fazer mais ainda. Prefeitura e Fundo trabalham em total coesão”, diz o prefeito.
Já Denise se viu diante do desafio de lidar
com a burocracia de um governo, o que deve
ter sido inicialmente preocupante para uma
profissional que atendia um paciente por vez
em sua clínica.
Mas, como Auricchio, Denise adora um
desafio. Já nos primeiros dias em que sentouse na mesa de presidente do Fundo, decidiu
que faria uma revolução na entidade. E assim
o fez. Foi buscar referências no Fundo Social
do Estado, à época presidido por Lú Alckmin
e em outros locais.
Decidiu então manter o papel social do
Fundo, com aprimoramentos, mas focar muito nos cursos de profissionalização e recapacitação. O Fundo hoje oferece 34 cursos de capacitação profissional. Só na sede são 400 alunos – em média, se formam 1.000 pessoas por
ano, contando as atividades internas e externas (Centros da Terceira Idade, Patrulheiros Mirins, Lar Menino Jesus, entre outros).
E criou dois programas que trouxeram
muita repercussão: o Elas por Elas, de prevenção e diagnóstico do câncer de mama, e
o Banco de Alimentos, que ajuda os mais necessitados através de doações de grandes redes varejistas.
“É tradição as primeiras-damas assumirem essa função no Fundo Social, que muitos
pensam ser remunerada, mas não é. É para
quem tem amor ao próximo e muita disposição, para se dedicar a quem mais precisa. Foi
isso que me motivou a abraçar esse desafio”.

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