Promessa de campanha, Auricchio diz que entrega PA cardiológico ano que vem

Os moradores de São Caetano devem ganhar até fim de 2023 um pronto- atendimento cardiológico. A unidade de saúde ficará localizada no Complexo Hospitalar de Clínicas da cidade, no bairro Santa Paula, e receberá investimento de aproximadamente R$ 15 milhões. O pronto-atendimento público, que será o primeiro do tipo na região, funcionará 24 horas e será exclusivo para quem possui o Cartão São Caetano – documento individual que permite acesso à rede municipal de saúde do município, além de outros programas sociais.

O equipamento deverá oferecer serviços e espaços exclusivos para doenças do coração como unidade para atendimento da doença arterial coronariana (enfermidade que causa o fornecimento inadequado de sangue até o músculo cardíaco), exames de cateterismo e uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

No momento, a Prefeitura de São Caetano realiza o estudo do projeto arquitetônico da unidade e a previsão que é a obra seja licitada a partir do segundo semestre, com início da construção para o fim deste ano.  Segundo o prefeito Auricchio, a nova unidade visa ampliar a assistência médica oferecida na cidade para atender a alta demanda de São Caetano, que conta com o perfil demográfico mais velho do Grande ABC – população mais suscetível a desenvolver doenças cardiovasculares, como pressão alta, arritmia cardíaca, infarto, entre outras.

“Pretendemos oferecer 100% de suporte para as pessoas que precisam de atendimento e tratamento cardiológico. Por isso o equipamento oferecerá atendimento 24 horas para população e contará com profissionais especializados na área. Não será apenas um médico cardiologista ou uma ala direcionada e, sim, toda uma unidade para atender e acompanhar todos os pacientes. Será um serviço com atendimento completo, qualificado e direcionado”, declarou Auricchio.

São Caetano foi a primeira cidade do Grande ABC a passar por mudança demográfica. Desde 2005 que a cidade registra mais idosos do que crianças, segundo levantamento feito com base nos dados da Fundação Seade, gerenciada pelo governo do Estado. Em 2020 o município contabilizou 22.179 crianças de 0 a 14 anos e 34.932 pessoas com mais de 60 – diferença de mais de 12 mil habitantes. A projeção é que a cidade tenha o dobro de idosos em apenas oito anos, em 2030, antes de qualquer outro município do Grande ABC.

O levantamento ainda aponta para outra realidade: em três anos a região terá mais idosos do que crianças. Em 2025 serão 491.264 pessoas com mais de 60 anos, contra 486.820 crianças de 0 a 14 anos. Diante da mudança demográfica as sete cidades precisarão investir em diversas áreas como saúde, educação, segurança, cultura e lazer, para oferecer serviços gratuitos que atendam às necessidades desse grupo, que vai carecer de atividades específicas.