Multimilionário, Saul Klein, que muito contribuiu com São Caetano ao investir no esporte, em especial no Azulão, recentemente fora acusado de estupro, aliciamento e ser o responsável por manter um esquema de prostituição, mas a decisão de um juiz sinaliza que o empresário pode ser inocentado. Em linhas gerais, 32 mulheres formalizaram queixas contra Saul, todas elas contaram que participaram de festas regadas a bebidas alcoólicas na casa do empresário e, que eram obrigadas a manter relações sexuais. A entrada de celulares era proibida e seguranças armados se faziam presentes. No entanto, a defesa de Saul Klein alega que todas a mulheres convidadas para a festas eram “sugar babies”, mulheres jovens que mantêm relações sexuais, sem envolvimento afetivo, em troca de presentes, que podem ser dinheiro, joias e qualquer outra coisa de valor. Saul, então como anfitrião, era o “sugar daddy”. O juiz Fábio Calheiros do Nascimento, da 2ª Vara Criminal de Barueri, negou hoje medidas protetivas para 18 mulheres e revogou as já concedidas a outras 14 na ação na qual acusam Saul Klein de prostituição, aliciamento e estupro e ainda devolveu o passaporte ao empresário. No despacho o juiz declara: “Ocorre que, como dito, a defesa do requerido disse que a relação dele com as requerentes era de sugar daddy e babies, o que, realmente, pode ser algo que ofende a moralidade, mas não é, a rigor, antijurídico, muito menos criminoso, já que envolve o exercício das liberdades, dentre as quais a sexual”. O magistrado Fábio Calheiros do Nascimento ainda afirma que homens armados, na condição social de Saul, não seria incomum e que vedar o uso de celulares seria pela proteção da privacidade como segue o despacho: “Sendo babies, ganha força a ideia de autonomia e,
por conseguinte, perde força a de constrangimento, de tal modo que a vedação ao uso de telefones celulares e de outros aparelhos eletrônicos é compreensível. Os seguranças armados, por seu turno, sendo o requerido abastado, também deixa de parecer necessariamente um meio de coerção.